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Gabriella Coelho
16 de out. de 2025, 00:55

Doenças renais na terceira idade: atenção aos cuidados


De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil possui a sexta maior população idosa do mundo. O Censo 2022 mostrou ainda que, pela primeira vez, há mais idosos do que jovens no país.


A chegada à terceira idade é um marco de longevidade, mas também acende o alerta sobre novos cuidados com o corpo e a mente. À medida que envelhecemos, o organismo perde gradativamente a capacidade de repor as células somáticas, responsáveis pela regeneração de tecidos e órgãos – incluindo os rins.


Por que os rins merecem atenção redobrada na terceira idade?


Os rins são fundamentais para o bom funcionamento do corpo: eles filtram o sangue para eliminar resíduos e excesso de líquidos (por meio do suor e da urina), regulam a pressão arterial e contribuem para a produção de glóbulos vermelhos. Com o avanço da idade, essa função pode diminuir, favorecendo o surgimento de desequilíbrios como hipertensão e alterações nos níveis de minerais do organismo.


De acordo com o Ministério da Saúde, os idosos estão entre os grupos mais suscetíveis a desenvolver doenças renais, como infecções urinárias, cálculos renais (as chamadas “pedras nos rins”) e casos mais graves, como a Doença Renal Crônica (DRC).


Nos dois primeiros casos, os sinais de alerta incluem inchaço, fadiga, alterações na pressão arterial e no volume de urina. Já a DRC costuma se desenvolver de forma silenciosa e assintomática, o que leva ao diagnóstico tardio – quando, muitas vezes, o único tratamento viável é a diálise.


Cuidados essenciais para preservar a saúde renal


Além de manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e reduzir o consumo de sal, é importante controlar a taxa de glicemia (no caso de diabetes) e monitorar a pressão arterial. Isso porque os diabéticos e hipertensos também fazem parte dos grupos com maior risco de desenvolver doenças renais (condições que são mais frequentes na terceira idade).


Os exames de função renal, como o de urina e a dosagem de creatinina, devem ser realizados periodicamente para identificar possíveis alterações ainda nos estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz.


Atualmente, cerca de 7,9 mil pessoas idosas estão na lista de espera por um transplante de rim no Brasil. Com acompanhamento médico regular e medidas preventivas, é possível melhorar a qualidade de vida e reduzir essa estatística.


Envelhecer com saúde e bem-estar é um direito de todos, e cuidar dos rins faz parte dessa jornada.