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Bianca Di Stadio
20 de ago. de 2025, 14:55

Terapias Renais Substitutivas: caminhos que salvam vidas


Uma das principais funções dos nossos rins é eliminar as impurezas do nosso sangue, mas quando eles ficam comprometidos e não conseguem fazer esse trabalho, são indicadas Terapias Renais Substitutivas. Vamos falar sobre algumas delas? Hemodiálise, diálise peritoneal e hemodiafiltração. Observação: transplante também é TRS, isto é, Terapia Renal Substitutiva, mas isso é papo para outro artigo.


A hemodiálise tem a função de filtrar e limpar o sangue, substituindo o papel do rim. Para que isso aconteça, é utilizada uma máquina que puxa o sangue, coloca-o para circular e elimina as escórias (sujeiras) através de um filtro chamado capilar ou dialisador, e depois devolve o sangue limpo.


Geralmente, são feitas 3 sessões na semana com 4 horas de duração cada. O tempo e a quantidade de dias podem depender das condições do rim e da necessidade de cada paciente. As sessões são feitas em clínicas ou hospitais, em espaços específicos para o tratamento e que favorecem o contato frequente com a equipe médica.


A diálise peritoneal, também tem a função de limpar o sangue, mas, nesse caso, essa limpeza é feita dentro do próprio corpo. É inserido um cateter no abdômen do paciente (que é uma espécie de tubinho) que joga um líquido (uma solução de diálise) dentro da membrana peritoneal (membrana que protege os órgãos abdominais). Ocorre então o filtro da sujeira, que depois será drenado e descartado fora.


Essas trocas também podem ser feitas através de uma máquina portátil, a depender de cada caso. Seja manualmente ou com o uso dessa máquina, a diálise peritoneal é um processo que o paciente realiza em sua casa, sem precisar de auxílio na maioria dos casos, mas alguns pacientes, em especial, idosos, com limitações físicas ou visuais, precisam de apoio de familiares ou cuidadores. Lembrando que o número de trocas e a duração de cada uma devem ser definidos pelo médico nefrologista.


Mesmo sendo feita em casa, é necessário manter uma boa higiene no local e vigilância sobre como executar o processo corretamente. É possível conciliar a autonomia e flexibilidade da rotina, mas sempre respeitando as orientações médicas.


Já a hemodiafiltração é uma técnica que filtra e limpa o sangue, fazendo o papel do rim, de uma maneira um pouco diferente da hemodiálise.


Esse processo, também é feito em ambiente hospitalar ou clínico e requer uma máquina e acesso vascular para puxar o sangue, fazendo-o passar por um filtro. Além de remover as sujeiras, a máquina também injeta um soro limpo no sangue. Esse soro ajuda a empurrar e arrastar mais tipos de sujeira, incluindo as maiores. A combinação de dois processos de limpeza resulta em uma remoção mais ampla de substâncias, devolvendo um sangue limpo e purificado. A quantidade de dias e o tempo são diferentes de acordo com cada caso.


Sobre o dia a dia, nos três tipos de terapia pode-se levar uma vida praticamente normal. Salvo algumas exceções, as pessoas conseguem trabalhar, estudar, viajar e, em conjunto com a equipe médica, podem adequar o tratamento para não só manter a sua saúde, mas também a qualidade de vida.


A escolha da modalidade de Terapia Renal Substitutiva é feita pelo paciente com as orientações do seu médico, onde vão ser observados o quadro clínico, a rotina e as necessidades de cada indivíduo.

Essas três terapias — hemodiálise, diálise peritoneal e hemodiafiltração — têm suas particularidades, dificuldades e pontos positivos. O que todas têm em comum é que elas salvam vidas.


Se você é parente, amigo ou conhecido de uma pessoa com problemas renais, apoie com palavras de incentivo, com sua presença e com conhecimentos compartilhados. Um caminho com dificuldades acaba sendo mais fácil de percorrer quando temos pessoas queridas ao nosso lado.


Se você é um paciente, saiba que não está sozinho, estamos aqui torcendo por você!


Fiquem à vontade para nos conhecer melhor ou conversar com a gente.


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Um forte abraço.